Prolapso genital: causas, sintomas e tratamentos

O que é o prolapso dos órgãos pélvicos?

O prolapso dos órgãos pélvicos ou prolapso genital é uma condição em que um ou mais órgãos da pelve descem pela vagina, saindo de sua posição original.

A Sociedade Internacional de Continência define prolapso dos órgãos pélvicos como a descida da parede vaginal anterior e/ou posterior, assim como do ápice da vagina (útero ou cúpula vaginal após histerectomia).

Esta condição é mais comum em mulheres acima de 60 anos, multiparas e que possuem fatores predisponentes como obesidade, constipação e doença pulmonar obstrutiva crônica.

Quais os sintomas do prolapso dos órgãos pélvicos?

Um dos principais sintomas do prolapso genital é a sensação de uma “bola na vagina”, além disso, a mulher pode ter dificuldade para urinar, sensação de esvaziamento incompleto da bexiga, constipação e dor durante a relação sexual.

Diagnóstico do prolapso pélvico:

Existem diversas classificações, a mais utilizada é a POP-Q (Pelvic Organ Prolapse Quantification) que permite estadiar o prolapso genital em cinco graus: do zero (ausência de prolapso) ao grau IV (versão completa), sendo eles:

  • Estágio zero: ausência de prolapso;
  • Estágio I: quando o prolapso encontra-se até 1 cm acima da carúncula himenal;
  • Estágio II: quando o prolapso situa-se entre 1 cm acima e 1 cm abaixo do hímen;
  • Estágio III: quando o prolapso encontra-se a, pelo menos, 1 cm abaixo do anel himenal, mas é menor que o valor do comprimento total da vagina, subtraindo 2 cm, ou seja, não há eversão completa;
  • Estágio IV: quando há eversão completa e o prolapso situa-se minimamente no comprimento vaginal total menos dois centímetros.

Para confirmar o diagnóstico de prolapso genital é necessário realizar o exame físico ginecológico.

Quais são os tratamento do prolapso dos órgãos pélvicos?

A fisioterapia pélvica é uma opção de tratamento para os estágios iniciais do prolapso genital (grau I e II), atuando para evitar a progressão da condição e, por consequência, a necessidade de cirurgia.

Mesmo em casos de prolapso mais avançado (grau III), é recomendado que a paciente realize sessões de fisioterapia pélvica para treinar os músculos do assoalho pélvico antes da cirurgia, promovendo maior coordenação e força muscular e melhorando a efetividade do procedimento cirúrgico.

O prolapso genital é uma condição comum em mulheres acima de 60 anos.

É importante que a mulher conheça os sintomas e busque tratamento precoce, incluindo a fisioterapia pélvica como opção para evitar o avanço da condição e a necessidade de cirurgia.

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